Resumo
Este estudo descreve a mobilidade de alguns ramos da família Álvares de Oliveira, da antiga Vila de Viana, família hoje pouco conhecida pois não deixou, como outras famílias de sucesso, a sua marca na rica arquitetura urbana da cidade. Não obstante representa, pelo acervo documental que suporta a sua história, um paradigma de longo e seguro percurso através dos negócios e da acumulação de cabedais por uma família para a qual a dinâmica da ascensão tornou pequeno o espaço original. O estudo tem o seu início no 1º quartel de Seiscentos e abrange um período de cerca de dois séculos. A cronologia é inteiramente baseada em buscas efetuadas em registos paroquiais, notas da Universidade de Coimbra, Leitura de Bacharéis e Habilitações ao Santo Ofício, o que proporciona interpretações em contextos históricos balizados. A varonia fixou-se durante várias gerações nos apelidos Álvares (depois Alves) de Oliveira. Este ramo, e o que adotou o apelido Mendonça Arrais, são apresentados sob a forma de título genealógico com o objetivo de fornecer uma estrutura sólida do caso. As gerações movimentam-se desde o Minho interior, para além dos montes, até à Vila de Viana onde exploram a carreira do Brasil e obtêm ofícios na Correição de Viana. Aqui descobrem novos horizontes e constroem os seus destinos para além dos mares - em Lisboa na carreira das armas, no Império do Brasil na exploração de engenhos de açúcar.
