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O tratamento dos militares no hospital Real do espírito Santo da Misericórdia de Vila Viçosa, no contexto das invasões napoleónicas

02 Dezembro 2002

ARAÚJO, Maria Marta Lobo de - O tratamento dos militares no hospital Real do espírito Santo da Misericórdia de Vila Viçosa, no contexto das invasões napoleónicas. In LEANDRO, Maria Engrácia; ARAÚJO, Maria Marta Lobo de; COSTA, Manuel da Silva, org. - Saúde: As teias da discriminação social: atas do Congresso Internacional Saúde e Discriminação Social. Braga: Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, 2002. pp. 335-356.

Resumo

O presente trabalho estuda o tratamento dos militares no hospital Real do Espírito Santo da Misericórdia de Vila Viçosa, no contexto das invasões napoleónicas e procura analisar a relação existente entre essa conjuntura político-militar e o volume de soldados curados no referido hospital. Depois de assinado um tratado entre a Misericórdia de Vila Viçosa e a Coroa em 1660, para a cura de militares no hospital do Espírito Santo, esta unidade de tratamento passou acurar milhares de militares nas suas enfermarias, sobretudo em períodos de invasão de fronteiras de tropas estrangeiras. A presença de mitilares em Vila Viçosa era já muito forte em finais de do século XVIII, facto que se agravou nos primeiros anos do século seguinte, em virtude da Guerra Peninsular e de Vila Viçosa ter sido ocupada por tropas franco-espanholas. Nesta altura o hospital do Espírito Santo encheu-se de soldados, os doentes civis internados reduziram-se ao mínimo, sendo maioritariamente tratados em suas casas. O hospital apresentava-se incapaz de receber mais doentes, ficando à mercê dos militares. Este estudo demonstra ainda a facilidade da Coroa em efetuar pagamentos em tempo útil, continuando a pagar tardiamente e de forma parcelar.