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Palestra/debate sobre 'O Integralismo Lusitano: Xavier Cordeiro'

22 Abril 2014

Realiza-se amanhã, dia 23 de abril, às 21h30, no Arquivo Municipal a palestra / debate sobre "O Integralismo Lusitano: Xavier Cordeiro", que conta com a participação dos oradores Prof. Doutor Armando Malheiro da Silva, docente da Faculdade de Letras da universidade do Porto, e do Dr. José Aníbal Marinho Gomes, Presidente da Real Associação de Viana do Castelo.

Adriano Xavier Cordeiro

Nasceu na freguesia de Arcozelo (Além-da-Ponte), em 9 de janeiro de 1880. Era filho do Dr. António Xavier de Sousa Cordeiro (oriundo de uma distinta família de Leiria), juiz da antiga Relação dos Açores e Delegado do Procurador Régio na Comarca de Ponte de Lima, e de D. Claudina Elisa Garcia Cordeiro.

Fez os seus estudos preparatórios nos liceus de Lisboa, Faro e Santarém. Em 1897, matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e conclui o curso em 1903.

Casa em 1905 com D. Maria Helena Taborda Bom de Sousa, na freguesia de Nossa Senhora da Lapa em Lisboa, de quem teve dois filhos - António Carlos e Maria Amélia.

Ao longo da sua vida profissional desempenhou o cargo de professor e diretor da reputada Escola Nacional, dedicando-se simultaneamente à advocacia.

Em 1907 é nomeado para o lugar de oficial da Direção-Geral da Instrução Pública, cargo onde se manterá até à sua morte.

Adriano Xavier Cordeiro foi um dos fundadores do Integralismo Lusitano, conjuntamente com António Sardinha, Alberto Monsaraz, Luís de Almeida Braga, João do Amaral, Simão Pinto de Mesquita e Hipólito Raposo e participou na conferência da Liga Naval Portuguesa sobre a “Questão Ibérica”, a quem coube a parte relativa ao Direito e às Instituições dos dois estados peninsulares, mais concretamente sobre os direitos de Portugal à sua livre existência como nacionalidade.

Em 1917 profere na Associação de Advogados de Lisboa a conferência “O problema da vinculação” (publicada em dois volumes). Seguem-se outras conferências, designadamente “Palavras sobre a arte do povo” proferida na abertura de uma exposição de indústrias regionais portuguesas, na qual realça “com o fervor de um apóstolo e o escrúpulo literário de um verdadeiro estilista”.

Foi nomeado pelo então Ministro da Justiça, Dr. Osório de Castro, para elaborar o projeto da instituição do Casal de Família em Portugal, que é apresentado em sessão do senado de 8 de janeiro de 1919.

Faleceu no Porto em 11 de setembro de 1919, representando a sua morte uma verdadeira perda nacional.